quarta-feira, janeiro 27, 2010

(3,-7,5)

Somos retratos de um tempo, Agora.
Somos peças no museu do tempo.
Nós deixamos o momento
e nos viramos para a proxima sala.

terça-feira, julho 08, 2008

(-2,7,0)

Quatro dedos de vodka.
É tudo que precisa.
Quatro dedos de vodka.
Num copo de bebida.
Quatro dedos de vodka.
Num copo de bebida.
Quatro dedos de vodka.
E duas noites em claro.
Nada mais é necessário.
Quatro dedos de vodka
Num copo de bebida.
Quatro dedos de vodka.
E duas noites em claro.
Quatro dedos de vodka.
E um maço de cigarro.
Esta completo o relicário.
Quatro dedos de vodka
Num copo de bebida.
Quatro dedos de vodka.
E duas noites em claro.
Quatro dedos de vodka.
E um maço de cigarro.
Quatro dedos de vodka.
E uma musica apropriada.
Assim não falta nada.

Para ser franco. Pelo que vejo, falta todo o cenário.

terça-feira, agosto 28, 2007

(41,-14,4)

não sei se você sabe que o teu coração é nosso
não sei se me entende nem sei se posso
só sei, sei de mim

e por acaso com descaso te faço e te carrego pra casa
não faço nada com nada
só faço só

eu sei quem te mereço e reconheço que não faça por mal
só sinto que te esqueço e desapareço por pouco

entendo o sufoco de saber que sinto só solução

é assim

roendo e rangendo me refaço num acordo contigo
recordo que sem corda não amarro seu braço

o brilho e a brisa arranham a retina eu ardo
rancor não é critério pra guiar as linhas que traço

trancei nossos cabelos e prendi com uma forquilha de aço.

cansei-me dos critérios que caíram do seu candido rosto
cansei de acordar e sentir minha mucosa sem gosto

quero começar mas o começo é critério de escolha
concordo com você
carência não é condição pra caricia.

feliz eu refaria, mas faceto uma faceta do fogo
falava e fomentava as façanhas da forca
um frasco fosco

fugas e fervorosa foi a sua fantasia seu fardo
o frio é mais forte do que a caricia que faço

vivo vulnerável, mas nunca me revelo a você
vago do teu lado como quem não veio para vencer


sei reconhecer o quanto fomos vorazes...
sei reconhecer conquanto fomos vulgares...

domingo, agosto 26, 2007

(6,6,-13)

Meus dentes rangem estas noites
parece o pre-vir de um colapso
e ando meio incerto ultimemante
deve ter a ver com meu descaso moral

afinal, td dia perco o(s) sentido(s)
ja nem sei se estou em cima ou em baixo
e assim o descaso me consome derrepente
como se toda a minha existencia fosse pontual
e isso ate que me parece normal

porque sera q estes vultos me rondam?
se teus apelos ainda fossem vulgares...
mas não, são fragmentos instaveis
de minha pre-suposta acalhentação

perca-se a moral e o homem, pois lhe resta a casca.
perca-se ateh a casta, pois de resto és plagio de suas proprias definições.

terça-feira, julho 17, 2007

(2,-14,2)

De vez em quando vais me vir
com tuas rosas e lençóis
com tuas falas. tua falsa voz.

Se me esperastes de manhã.
não acordasses sem dormir
e me ouvisses te calar....

voltes para teu lugar que é são
volta para teu próprio calor
volta para teu eterno chão
e deixe de se desenhar....

volte para seu interior
pare de mentir e divagar
envolva o teu pulso com a corda
antes dela te enforcar.

sexta-feira, julho 06, 2007

(3,4,-9)

O brado
o grito
o gemido
o arfar

refogando as magoas no sonho
reafirmando os dentes na carne
reformando a pele com sangue
inventando o cheiro

lamurios e lamentos
misturados no tormento
o prazer e a agunia

e no grito sem sentido
na lingua
no ouvido

olha o suor sangue semem sal sera

agredido e agradado
acorda
recomeça ou retorna
a rua ainda eh seu lugar...

sábado, março 17, 2007

(13,-2,-4)

Puta quiu pariu,
Matei o cara de branco
E fiz de mãos nuas
No meio da Uruguaiana
Na frente de todo mundo
Com o guarda me olhando

Ele berrando alto
E cada vez q eu batia
Ele pedia preu parar
Mas merda, eu não queria

Caralho eu matei o cara
Numa quarta feira a tarde
No meio da cidade
Com socos, chutes e tapas

Agora ele morreu
Porra ele ta fedendo
Parece que foi de propósito
Não tem como eu negar

Caralho
Cacete
Merda
Porra
Acabou a hora do almoço
Acho melhor voltar para o trabalho
Fica ai deitado que alguma hora eu te levo pro caminhão de lixo. Agora eu tenho que trabalhar. Mais tarde eu levo você pra tomar um chope.

O defunto de branco olhava para o alto, como se esperasse a chuva passar...